sábado, 31 de maio de 2008

ADVOGADO DE PORTA DE CADEIA

Defensor de réus famosos, como os homicidas Pimenta Neves e Suzane Von Richhofen e a sonegadora Eliana Tranchesi (da Daslu), todos envolvidos em casos de grande repercusssão na mídia, Antonio Cluadio Mariz de Oliveira diz orgulhar-se em ser considerado um advogado de porta de cadeia.
Além de advogar, Mariz foi presidente da OAB/SP por duas vezes, atuou como secretário de Justiça de Segurança Pública em São Paulo, presidiu a a Associação dos Advogados de São Paulo, além de ter sido presidente do Conselho Nacional de Política Penitenciária na gestão do ex-ministro da Justiça Márcio Thomas Bastos.
Em longa entrevista à revista Visão Jurídica, Mariz diz que são várias as causas da criminalidade: “Hoje temos causas de caráter social. É uma imbecilidade dizer que miséria e carência não são fatores que desencadeiam o crime. Outra imbecilidade é dizer que, se miséria fosse fator de crime, todo pobre seria criminoso. Cada pessoa é uma pessoa. Carência não é a única causa, mas contribui”.
Mariz também culpa a sociedade: “Ao lado dela (miséria), temos uma sociedade contaminada por uma doença chamada consumo. Valoriza-se as pessoas pelo que elas possuem. E, obviamente, quem não tem possibilidade de possuir fica revoltado. Essa revolta não é aceitável nem digna de aplauso. Não quer dizer que se possa assaltar e matar só porque nasceu pobre. Mas não deixa de ser fator de crime”.
O entrevistado também assume que há muita violência sem motiviação, surgida da classe média e da elite, uma agressividade que substitui a frustração: “o sujeito perde a namorada, mata. O outro tem nota baixa na escola, sai atirando. Bate o carro, também faz disparos. A vida humana tornou-se uma bagatela. Algo está errado e ninguem discuste isso. Está todo mundo clamando por cadeia e mais cadeia…”!
A entrevista completa você lê na revista Visão Jurídica, nº 23.¼/p>


Fonte: Diário de um Juíz

Postado por Giovanna Malerba

Um comentário:

Anônimo disse...

É um verdadeiro advogado de porta de cadeia, mas falou algumas verdades.